Algumas palavras...

"O Céu é um grande livro, aberto, pelo amor de Deus, à inteligência do homem." Dr. Serge Raynaud de La Ferriè

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Normose - Veja o que deve ser a Astrologia



Pessoal, eis aí um profundo texto sobre o que se deve esperar da Astrologia. O astrólogo, já falecido (nasceu em 28.12.1951 e faleceu em 2009, dormindo), é um mineiro, que sempre teve destaque pelas conferências e livros de Astrologia que publicou, sem dúvida é alguém que pensava a Astrologia. Ou seja, a Astrologia que liberta, que mostre a existência do caminho do desapego e do crescimento pessoal. Que sirva para evoluirmos. Ah, faltou dizer, que Benedetti era Sol e Lua em Capricórnio e o Ascendente claro, em Escorpião.
Muitas vezes, alguns ficam chateados comigo quando bato na tecla do “defeito” de um signo, como por exemplo, quando digo a um ariano (Sol, ASC ou Lua) que deve tomar cuidado com a grosseria, franqueza estúpida e desnecessária,...quando digo ao taurino que deve cuidar da teimosia e da falta de vontade de mudar, quando digo a um geminiano que deve cuidar da compulsão as mentirinhas e aprender a falar a não falar demais; quando digo a um canceriano que deve ser menos malicioso e que precisa esquecer o passado; aos leoninos para serem menos drámaticos e perceberem que o universo não gira ao redor deles; quando digo a um virginiano que deve maneirar nas críticas gratuitas; um libriano que deve evitar a falsidade, por covardia – “tudo pela harmonia da balança” ou evitar as futilidades; ao escorpiano que deve tomar cuidado com o desejo de controlar e as famosas “cutucadas com vara curta”; ao sagitariano, o sarcasmo, deboche,...ao capricorniano a valorização desmedida de status; ao aquariano falo no egoísmo involuntário e finalmente ao pisciano que se faz de vítima, devendo evitar o masoquismo,... Enfim, quando falo essas coisas é para vocês saberem o que existe em suas essências (autoconhecimento), e o que devem trabalhar. E olhem que aqui somente fiz um resumo básico.
Mas, como sempre, os EGOS, não compreendem minha intenção. Mas não desisto.

Por Martha Cibelli




Normose
Por Benedetti (astrólogo)

Pierre Weil, autor de inúmeros livros de psicologia e fundador da Unipaz, e Jean Yives Leloup, patrono da Unipaz, afirmam que a doença do século (isso foi apresentado no século passado) é a Normose, geradora da maioria das doenças mentais e comportamentais. Vamos emprestar deles esse conceito e trabalhar um pouco com essa idéia.

A normose se constitui na angústia do homem contemporâneo em ser aceito por sua normalidade, e por causa dessa angústia surge a ansiedade, a neurose e uma série enorme de desequilíbrios psíquicos, muitas vezes gerando somatizações perversas e malignas.

O escritor Paulo Coelho, em uma entrevista ao jornalista Boris Casoy, apresentou a seguinte proposição, que exemplifica com humor a problemática da normose:

"...Se eu disser que é comum uma pessoa usar voluntariamente um pedaço de tecido de cores berrantes amarrado ao pescoço, que atrapalha a livre circulação do sangue e
impede os movimentos normais da cabeça vão dizer que estou maluco, mas se eu disser que a pessoa está usando uma gravata vão me achar absolutamente normal... é uma questão de linguagem...."

Vamos experimentar refletir sobre a normose e suas implicações dentro de um contexto astrológico, pois a linguagem astrológica com sua riqueza e amplitude permite, muitas vezes, uma compreensão clara de situações que envolvem nossa existência.

1. Atualmente, muitas pessoas têm expectativa de viver num mundo perfeito. Este estado idealizado é bastante subjetivo, mas algumas referências podem ser escolhidas como padrões razoáveis de perfeição. Por exemplo_aprendemos a entender a perfeição como um caminho que não contenha obstáculos, onde cada passo seja previsível, um caminho onde não tropecemos, onde as coisas funcionem exatamente como foi planejado, tudo no seu lugar exato, como um lugar onde as pessoas são exatamente o que esperamos delas e nós somos, exatamente, o que é esperado de nós.


Muitas vezes alguns astrólogos assim como seus clientes gostariam de acreditar que, através da astrologia, podem, além de controlar o destino, manter e sustentar este mundo perfeito, atribuindo significados definidos e definitivos para os símbolos planetários, praticando uma ciência exata que permita prever aonde o próximo nesta engrenagem vai se encaixar, com o dia e hora exatos, se possível. Uma astrologia que permita endossar os padrões e reforçar a inércia comportamental, fazendo com que o cidadão se sinta absolutamente normal e integrado por ter o Sol em tal signo, possuir determinado signo no ascendente ou uma quadratura ou outro aspecto qualquer no mapa.


Com esse tipo de astrologia aparentemente fica mais difícil ter algum desconforto por sentir-se diferente, fica mais fácil justificar as mazelas, os desafios, as agruras do crescimento pessoal, e principalmente, torna-se possível nos sentirmos seres aceitáveis, alimentando e facilitando nossa normose.

2. Um dos componentes estruturais da sustentação dessa doença chamada normose é a família, célula mãe da sociedade, base fundamental da composição aparente do mundo moderno. Dentro do padrão familiar esperado pelo normótico está contido o universo de seus relacionamentos afetivos, prática através da qual ele deve ser aceito também como uma pessoa normal.

Quando uma pessoa utiliza a expressão "é de família", como referência de uma qualidade moral qualquer que o torne aceitável, ou quando um político sabe da necessidade de pertencer a uma família para ser eleito, acontece uma referência à família normótica, aquele núcleo que tem como base de sua sobrevivência a submissão a um conceito de normalidade, de ser igual a todas as outras.


A família é uma contingência da evolução do ser, um grupo necessário à procriação e proteção da prole, um lugar para se conviver com confiança e amor. Não é de forma alguma uma experiência negativa. O problema começa a surgir quando a necessidade de ser aceito por seguir um padrão de normalidade se torna mais importante que o sentimento que mantém aquelas pessoas unidas.


Para o normótico, o conceito de família implica na "família perfeita", aquela que obedece todas as regras da sociedade sem questionar, geração após geração. Mudam as roupas, muda a música, atualizam-se alguns hábitos culturais, muda a sintaxe, mas papai, mamãe e filhinhos continuam imutáveis enquanto forma estática, standard. Isto é um mundo perfeito. Aqueles que se diferenciam do padrão familiar vigente são vistos como inimigos, ameaças à paz e bem estar da tradicional família seja lá de onde for. Cada vez que esta estrutura é ameaçada por crises econômicas ou questões coletivas, corremos para o horóscopo, convocamos o terapeuta, acessamos imediatamente todos os oráculos disponíveis, que num mundo perfeito, com as engrenagens certas e os parafusos nos lugares, tem que funcionar, e esperamos deles respostas para a compreensão dos momentos de vida que sustentem a necessidade de padrões.


Existe uma prática astrológica conivente com a normose. É aquela astrologia que descreve a pessoa dentro dos códigos dela, não propõe jamais uma mudança de paradigma, justifica tudo através da descrição acomodativa e deixa todo mundo satisfeito por ser como é.

É aqui que quero chamar a atenção de todos vocês deste Grupo. Um Mapa Astrológico nos dá o autoconhecimento, certo? Mas, nem por isso, devemos nos acomodar nos lados yang de nossa química pessoal e desprezar o lado yin. Ou seja, devemos trabalhar em nós mesmos o nosso lado sombra. Assim certamente vamos evoluir nesta existência.

Afirmações do tipo: "você é assim porque é de Virgem", ou "esse problema existe porque você tem uma quadratura de Marte", ou ainda "fica tranqüila que esse problema só existe porque vem de outra encarnação, é karmico!", são típicas dessa astrologia que não conduz ninguém à liberdade e à transformação pessoal, apenas mantêm o mundo exatamente como ele é há séculos ou talvez milênios.

Esse tipo de uso da astrologia, tão bem aceito no mundo moderno, reforça hábitos considerados normais, como o consumismo, através de listas de presentes e compras, ou então salienta a necessidade de encontrar pessoas compatíveis com seu signo ou configuração astrológica, como é estabelecido pelo padrão normótico que diz que somos todos seres parciais que precisamos de outro para sermos completos. Essa astrologia é perfeitamente aceita pela mídia, é elegante, não incomoda, é simpática à manutenção de valores e padrões, acalma e acomoda. Ela faz o indivíduo se sentir normal e aceito dentro de suas limitações e das limitações culturais impostas a ele.

O nível de exigência da pessoa se justifica pela simples descrição de seus gostos e hábitos. Tudo parece ser coerente e funcional, e dentro dessa coerência, fica fácil se sentir normal e aceito, sem ter que mudar muita coisa, sem ter que tomar nenhuma atitude ou abrir mão de nada para crescer.

3. Na natureza existe a perfeição. Todas as coisas são impecáveis em sua relação dinâmica natural. Cada besouro que se reproduz, cada folha que cai de uma árvore, os milhões de corpos microscópicos que nos habitam e interagem permanentemente, tudo mantendo e alimentando a dinâmica da vida, a dança da existência.

A perfeição da natureza é o movimento, a perfeição está na própria transformação constante de tudo e todos. Existem infinitos ritmos, existe uma infinidade de movimentos possíveis, todos absolutamente integrados entre si, tudo interagindo dentro de uma coreografia tão perfeita que só pode ser denominada de Divina, pois está na maioria das vezes além da compreensão de nossa limitada capacidade descritiva. Essa constante transformação, essa mudança de forma e intensidade, faz com que cada pétala de flor, cada ameba, neurônio, ou célula perdida no espaço, se integrem, realizem seu papel, e a dinâmica desta realização (e desta perfeição) é o estado de permanente transformação.

O movimento dinâmico da natureza, quando interpretado através de símbolos e transformado em linguagem, é a própria astrologia, um estudo da coreografia da vida, uma compreensão razoável da dança da natureza e da integração entre todos os seres, animados e inanimados, como os imensos planetas em movimento, absolutamente harmoniosos com a totalidade da vida.


O estudo da sintaxe da natureza é chamado por nós de astrologia e essa astrologia que parte da descontextualização do movimento natural só pode fazer sentido se aplicada ao ser em movimento que também se proponha a se libertar de um contexto anti-natural e estático, moribundo, para se reintegrar à dança cósmica, a dança dos elétrons, dos átomos e das borboletas.

Uma astrologia que se proponha a descrição mecânica e integradora do homem à normose é uma astrologia dedicada aos mortos e aos que desistiram de crescer e viver.

4. Uma realidade social perfeita pretende ser estática, como propusemos acima.

Parece que quase ninguém quer abrir mão de seu "status quo", principalmente o familiar, para viver qualquer transformação que seu espírito esteja pedindo. Um astrólogo descritivo, daqueles que analisa minuciosamente o mapa, descreve impecavelmente cada aspecto, cada posição planetária, geralmente é bastante satisfatório para este grupo.

Ele ajuda a manter o mundo perfeito absolutamente perfeito, porque se limita a descrever as coisas no nível de exigência do sujeito, e mesmo que ele se aprofunde ao máximo, ele aprofunda sempre a idéia de manutenção daquela perfeição...

5. Se a Natureza é perfeita porque se transforma continuamente, então na própria mudança está a perfeição. No entanto, se este mundo, os núcleos sociais que mantêm os padrões, os grupos que servem de base e modelo para a estrutura da normose, são perfeitos porque nunca mudam (aumentam, mas não mudam em sua essência) surge então um paradoxo. Porém, a natureza é simples e transparente, não aceita paradoxos, e vai fazer este mundo perfeito viver sua transformação, queiramos ou não, e como geralmente não queremos, criamos nossas couraças. Até a astrologia formal é uma tremenda couraça que tantas vezes justifica este mundo perfeito, mas aquilo que resiste à transformação imposta pela natureza vai se transformar à revelia, pois a deterioração também é uma dinâmica transformadora da natureza.

Esse pensamento todo, parte da observação de tantas estruturas desmoronando sem uma explicação mais lógica. Usei a família como referência do mundo perfeito por ver tantas famílias aparentemente equilibradas e harmoniosas se desfazerem sem um motivo aparente.

Acreditamos que a insistência em ser e parecer normal, utilizando-se da rigidez e imutabilidade como fórmula de perfeição é uma das possíveis causas dessa desintegração, não apenas da família, mas do indivíduo que desperdiça sua energia vital querendo parecer normal e tornando-se apenas mais uma vítima dessa doença chamada normose.

O QUE A ASTROLOGIA PODE FAZER ENTÃO?

A problemática que se apresenta a partir do conceito de "normose" que foi apresentado acima é quanto à questão da objetividade e finalidade do trabalho astrológico. Será que é possível uma astrologia que não seja conivente com a necessidade de normalidade das pessoas? Uma astrologia que liberte, que mostre a existência do caminho do desapego e do crescimento pessoal?

Na maior parte das vezes existe um acordo tácito e comum sobre o significado dos planetas, casas, signos, configurações. Este significado é universal dentre as mais diversas áreas do conhecimento humano.

Existe uma sintaxe coerente e prática que pode ser decodificada em inúmeros níveis de compreensão, e graças a essa sintaxe, Aries, por exemplo, sempre estará ligado ao impulso original, e Saturno à estrutura, exatamente por representarem estágios perceptíveis na coreografia da natureza. Isso é atávico.

Como a astrologia descreve personalidades, que antecipa eventos ou momentos na vida da pessoa, pode (e deve) ser um instrumento de libertação da Normose, da necessidade de ser visto e aceito como normal?

Será possível que a Astrologia nos auxilie a nos libertar dessa angústia tão moderna e presente?

Será possível que a Astrologia nos permita resgatar a conexão com a dança da natureza, ingressarmos no movimento de todas as coisas e fluirmos juntos, em vez de sermos induzidos à estagnação energética gerada pela condição de imutabilidade exigida aos normais e previsíveis?

PENSAR E EXPERIMENTAR

A linguagem que denominamos Astrologia, como qualquer linguagem, permite um uso criativo das informações. Podemos entender os símbolos dentro de uma proposta de manutenção e perpetuação de valores, justificando e endossando nossa provável normose, ou podemos traduzir esses símbolos como um instrumento para o crescimento e a libertação de qualquer coisa que nos oprima e represente um obstáculo para a evolução de nosso espírito.

Podemos, se ousarmos pensar e experimentar para sairmos do lugar comum, atribuir um significado Normótico aos planetas, e também podemos fazer uma proposta de significado dentro de um novo paradigma.


A experimentação e as novas propostas dentro da linguagem astrológica permitem que nos libertemos de uma sintaxe à qual estamos praticamente escravizados e se inicie o processo de elaboração de uma nova sintaxe, aquela que seja coerente com o movimento natural das coisas e não com a estabilidade e conservação pura e simples.

É importante observar que estas duas propostas não são excludentes, ambas são válidas e integram-se ao indivíduo, ou alternam-se. Mas, digamos que se quisermos nos libertar desta doença, a Normose, deveremos nos concentrar no significado libertador do planeta, aquele que não nos vincula a um nível de exigência preso ao passado e à eterna conservação dos valores.



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Elaborado e divulgado pelo espaço Astrologia_autoconhecimento
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O futuro não precisa mais de revoluções.
O futuro precisa de um novo experimento que ainda não foi tentado.
Embora tenham existido rebeldes há milênios de anos,
eles continuam sozinhos, individuais.
Talvez ainda não fosse a hora deles.
Mas agora não só é hora, como, se não nos apressarmos,
Já não haverá mais tempo.
Ou o ser humano desaparecerá
Ou um novo homem com uma nova visão aparecerá sobre a Terra.
Ele será um rebelde.
Osho


terça-feira, 22 de março de 2011

ASTROLOGIA_AUTOCONHECIMENTO

“A Sabedoria do homem não é, de maneira alguma, subjugada,
assim como, não é escrava de ninguém;
ela não renunciou, nem tampouco abriu mão de sua liberdade.
Logo, as estrelas devem obedecer ao homem e sujeitarem-se a ele,
e não ele às estrelas.
Ainda que ele seja filho de Saturno,
e que Saturno tenha marcado o seu nascimento,
ele pode superar Saturno e tornar-se filho do Sol.”

Paracelso
Astrologia Magna, 1537
*Médico do corpo e da alma; alquimista e grande metafísico




Sabe quando a vida está fora de prumo?
Quando parece que tudo está desmoronando?
Pode ser um Retorno de Saturno, um Meio-Retorno de Urano,
uma Quadratura de Netuno, ou ainda uma Quadratura de Plutão.
É certo que algum estrago vai fazer,
sobretudo se você não sabe o que está acontecendo.
Se você não conhece a "divina Astrologia"...
Te convido para ver isso te perto.
Venha se autoconhecer e se reconhecer.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Considerações Iniciais




Quando um indivíduo nasce, o céu reflete determinadas características que são únicas naquele momento. As constelações estão posicionadas de uma maneira conveniente ao propósito da existência daquele determinado indivíduo. Essas características irão compor a base da personalidade do indivíduo, e porque não dizer, além de “dívidas passadas” e principalmente o que é necessário a este nativo na atual existência para que se cumpra o seu propósito na vida. Essa será a sua Carta Astrológica (ou Mapa Natal), repleta de potencialidades. Existe um forte engano de que a Astrologia é um sistema de adivinhação ou de sorte, e que ela revelaria um destino completamente traçado. Nada mais falso do que isto. A Astrologia sempre deixa um grande espaço em aberto para o indivíduo, são lacunas, que o livre-arbítrio vai preencher. Na verdade, ela aponta tendências, mas cabe ao indivíduo direcioná-las.
Bem, minha intenção com esta página é fazer com que você – suponho leigo em Astrologia – tenha noções básicas a respeito deste maravilhoso recurso de auto_conhecimento. Para isso estou apresentando um resumo claro, simples e descomplicado. Portanto, prepare-se para um estudo rápido e potencialmente esclarecedor. Exponho aqui, tabelas e explicações dos tópicos que formam a base de um Mapa Natal, bem como, Revolução Solar (Mapa Anual). Enfim, tudo aqui está a sua inteira disposição para servir de auxilio na busca do auto-conhecimento. Desta forma, alimentará suas necessidades, ajudando a desenvolver suas potencialidades, e assim criando confiança e a certeza da auto_evolução.


Nem todas as cargas e bloqueios kármicos se manifestam física ou psicologicamente. Muito envolvem os assim chamados “pecados capitais” e também os “pecados de omissão” com os quais a alma se recusa a enfrentar as questões em muitas vidas; tais “pecados” são onipresentes e universais e, como Richard Coates da Fundação Findhorn, salientou numa conferência: “Se todos admitissem abertamente seus pecados e medos, a maior queixa seria a falta de originalidade.” Esses “pecados” podem ser indicados pelos aspectos e pelas colocações planetárias.

Do livro: “A Jornada Kármica”; Judy Hall


E por fim...


Um Mapa retrata ao nascermos a nossa ESSÊNCIA, ou seja, o conjunto de vícios e virtudes que existe em nosso interior. Não importa se negamos ou concordamos com tais qualidades ou defeitos, fazem parte de nós,  queiramos ou não. Existem em algum lugar dentro de nós, consciente ou inconscientemente. Disso consiste o AUTOCONHECIMENTO.

É claro, que alguns vícios e/ou virtudes que temos em nosso SER, às vezes, não foram manifestados, seja por bloqueios, a forma como fomos criados, o meio em que vivemos, as influências que tivemos,... Enfim, mas de forma alguma deixam de existir.


Por Martha Cibelli

Apologia a Astrologia



Antes de mais nada, vou fazer uma “Apologia a Astrologia”, pois que sem dúvida é o sistema de AUTOCONHECIMENTO por excelência...


Etimologicamente, a palavra “astrologia” vem do grego: “aster”, de astro, estrela,... (planetas e constelações), somada à “logos”, razão, princípio,...e, em suas variantes, “vida, sol,...” . Ou seja, poderíamos combinar de diversas formas na definição da palavra, por exemplo: “Razão dos Astros”; “Princípio dos Astros”; “Origem das Estrêlas”; “Razão do Sol”;...e, por aí vai...
Percebe-se que apreender o significado de Astrologia é fácil, porém, defini-la com “idéias conceitualizadas”, por outra via, que não a metafísica, parece complicado, devido à suas “funções  tão...abrangentes”. No entanto, tentarei descrever aqui o grande “valor da Astrologia”, considerado por àqueles que atingem sua compreensão, um “Instrumento indispensável” ao Auto-conhecimento.
A astrologia, ao que tudo indica, não tem a pretensão de ser considerada ciência, tendo em vista, a definição dada – pelo homem - a tal conceito. No entanto, baseando-se nesta “definição”, realmente não podemos considerar a astrologia uma ciência, como o fez, por exemplo, os adeptos das “Psicologias”, que semelhante à Astrologia, não deveria considerar-se “ciência”, embora, indiscutivelmente tenha seu “valor”, tendo em vista que, particularmente, considero em seus métodos curativos-psiquicos, com suas classificações generalizadas, dentro de “fórmulas” limitadas, muitas vezes ineficazes, e, por seus – característicos – diagnósticos, também, abstratos, porém, quase sempre, anti-filosóficos, na media em que generalizam - adequando-se - à seus "rótulos" tradicionais. Mas, essa é outra discussão. Restringindo-me, por enquanto, à Astrologia, não podemos considerar a “Mente” do ser-humano – por ser cada pessoa um “pequeno universo complexo” - um “objeto de estudo”. E, até porque a astrologia apenas se utiliza de “cálculos matemáticos” para ter condições de posicionar corretamente os “astros” (planetas, Constelações,...) na data de um “nascimento específico”  (de seres, de cidades, de eventos,...), com seus graus exatos,...ou seja, para traçar um Mapa, ou ainda, “prever possibilidades”, em cálculos de tempo adiantados (Progressões,...), e, nesse sentido, descaracterizando a “idéia geral” de “adivinhação”, pois que são baseados nestes cálculos, que a astrologia, prevê possibilidades.
         Vejam bem, não precisamos ser Cabalista, Ocultista, Filósofo,...nem tampouco, Cientista, Antroposofista,...não se precisa de uma mente brilhante para se aperceber que existe uma ordem, à qual estamos submetidos, e que funciona através de uma inter-relação entre o homem (microcosmo) e o Universo (macrocosmo), ou, numa linguagem ocultista, mais propriamente cabalista: o Homem (microcosmo), a Natureza (macrocosmo) e Deus (Arquétipo). Basta-nos olhar para frente, para o alto, para baixo, olhar em volta,...respirar,..., observar “o dia e a noite”, com seus períodos intermediários (tarde e madrugada); “dia de sol e dia de chuva”; “Sol e Lua”, “Frio e Calor; “Nascimento e Morte”; “Causas e consequências”;...Veremos que o homem é um “pequeno mundo”, dentro de um “grande Mundo”; que vivemos, ou melhor, funcionamos (nossos corpos constitutivos: físico, psíquico, espiritual,...) em sintonia com os diversos corpos que constituem o universo, digo, em correspondência aos mesmos princípios que regem o Cosmo. Em outras palavras, estamos ligados ao universo, existindo pois, entre nós e a “Ordem Cósmica” uma constante interação de energias. Por ser o universo constituído de “Esferas” sucessivas, isto é, permeada de vários campos de energia que se interpenetram. Tal como nosso “campo de energia” se interligam entre si, e estão também, relacionados com o “campo de energia” do nosso “ambiente cósmico”.
         Cada um de nós é um “mundo” de emoções, pensamentos e desejos. São os valores internos (nosso “universo”) que dão significado – positivo ou negativo - à nossa vida. E, é a partir do AUTO-CONHECIMENTO que podemos tanto compreender a nós mesmo, aos outros, quanto compreender melhor o universo em que vivemos, e, como tudo acontece em função do que percebemos da realidade, nosso aperfeiçoamento, desenvolverá uma capacidade de influência “etérea”, que se ampliará positivamente, contribuindo com grande parte do “Todo”.
         A vida, portanto, é apenas uma interação constante entre a nossa pequena realidade e a grande realidade universal, e, este processo afeta a cada ser humano de forma diferente, conforme as “necessidades”, como “fortuna ou infortúnio” (Harmonia ou Contrariedade), e, causando/provocando, conforme a “receptividade” natural ou conquistada, prazer ou dor. Por exemplo, crises (“Desígnios Divinos”) de onde ocorrem transformações, que podem em seguida viabilizar a descoberta do próprio potencial criativo, sendo esse, condição fundamental para evolução espiritual. Entretanto, para o “Todo Cósmico”, trata-se do “clássico” ciclo dinâmico do universo – Tudo está em constante movimento... - onde os movimentos de expansão e contração se alternam num processo contínuo de evolução.
Contrapondo-se as tradições espirituais, sobretudo, orientais, incluindo a astrologia e, aos “pensadores metafísicos”, com suas evidências – por analogias – abstratas, a física clássica, conservou por muitos anos, sua “teoria sobre os átomos”, dentro das “ciências”, daí que, uma investigação experimental, no início de nosso século, provou que a “menor partícula da matéria é feita de vibração e energia”. E, como disse Fritjof Capra, a quem tive a satisfação e o orgulho de conhecer pessoalmente numa palestra na faculdade - a respeito dessa “evidência”, há muito afirmada por metafísicos - em seu célebre “O Ponto de Mutação”: “...provocou resultados sensacionais e totalmente inesperados, ao invés de partículas duras, sólidas, como eram consideradas pela teoria consagrada pelo tempo, concluiu-se que os átomos consistem em vastas regiões de espaço onde partículas extremamente pequenas – os elétrons -  se movimentam em redor do núcleo. Alguns anos depois, a teoria quântica deixou claro que mesmo as partículas subatômicas – os elétrons, prótons e nêutrons  no núcleo -  não se pareciam em nada com os objetos sólidos da física clássica. Essas unidades subatômicas da matéria são entidades muito abstratas e têm um aspecto dual. Dependendo do modo como a observamos, apresentam-se ora como partículas, ora como ondas; e essa natureza dual também é apresentada pela luz, que pode adotar a forma de partículas (quanta) ou ondas magnéticas.”
O átomo passou a ser visto como um campo de energia, e a forma que vemos de qualquer objeto é apenas a forma exterior, aparente ou a forma-onda da realidade oculta, feita de vibração de energia. Aliás, o filósofo grego, Platão, já dizia isso em sua “Mimeses (Imitação) e Metexis (Participação)”, onde concebe a relação entre as coisas sensíveis e as idéias e/ou presença da idéia nas coisas,... E, de fato, com essa “redescoberta da ciência”, a Astrologia “enriqueceu”, pois que o “campo de estudo” da astrologia sempre foi às causas e os efeitos das “vibrações” de energias.
A Astrologia usa de uma singular metodologia simbólica, para revelar a existência de uma Ordem Ulterior, mostra que existe “vibrações”, à qual estamos submetidos, e que funcionam através de “energias” que fluem entre nós e o universo. As constelações e planetas astrológicos, a priori, são modelos ou padrões de energia, comuns à toda humanidade. São princípios Universais que condicionam toda forma de vida (de minerais, de vegetais, de animais e da humanidade). Podendo aplicar-se a todo e qualquer processo, seguindo uma seqüência ordenada e coerente. Através do zodíaco (Normalmente, considerado “Círculo de animais”, devido ao termo grego “zôon” = animal, mas, para Astrologia, seria mais conveniente considerar “Círculo da Vida”, baseando-se no termo grego “zoé” = vida, existência,..., até porque, gêmeos, virgem, aquário são simbolizados por sinais humanos, e, libra, por um instrumento,...) que é composto de doze constelações, representados por sinais simbólicos que apresentam doze tipos diferentes de energia, sendo percorridos sucessivamente – no decorrer de um ano - pelo Sol, que, por meio de seus raios luminosos, com suas “correntes elétricas”, produz as “mutações necessárias”, as estações,...enfim, a manifestação da vida na sua totalidade. Cada signo representa um “estágio” do conhecimento no “Caminho” da compreensão de um “Todo”, de forma que, todos os signos aparecem num Mapa. Como também estão integrados a cada um de nós em suas múltiplas manifestações.
O Zodíaco natural, ou seja, signos em suas casas domiciliares correspondentes é um modelo cíclico relativo ao gênero humano, em geral. No entanto, quando se produz um Mapa Pessoal, os signos – seguindo a mesma ordem – serão expostos – conforme os dados pessoais utilizados para o cálculo - de forma a estarem associados à experiência das casas (doze casas astrológicas), que, quando considerados em conjunto, sua importância astrológica passa a ser pessoal, digo, relativo a todos os aspectos de sua vida particular.

Mas, o valor – “ancestral” - da astrologia está em compreender e transmitir que tudo acontece dentro de um processo cíclico fundamental, que é infinito e universal, que transcende à nossa vontade.  Visto que, como a natureza, passamos por fases (início, plenitude, decadência e  finalização) pessoais,...Ou, por analogia: plantamos uma semente (e somos “plantados”), regamos,  (recebemos cuidados); brota (nascemos), recebe adubos adequados (somos amamentados, alimentados,...), cresce (infância-adolescência,...), dá flores e/ou frutos – ou nenhum dos dois, conforme sua espécie (boas ou más “motivações”, conforme a Índole – come frutos doces ou amargos; comporta-se como plantas espinhosas,...); amadurece (Adulto, gera e educa filhos de boa ou má índole, conforme a genética dos pais), envelhece (decadência física, ou moral, ou...), e como os frutos passageiros de outrora (Fases da vida), e cai (fragiliza fisicamente...), ao findar seu ciclo definha até que tomba (morre), e, aduba outras futuras sementes...
Na hora do nascimento (momento do inicio de nosso ritmo individual de vida), acontece a primeira troca de energia com o cosmo, através do “Sopro” e,...(da respiração). A partir deste momento, a astrologia consegue determinar a relação física e simbólica entre o nosso campo de energia e o campo de energia universal. O mapa natal é, portanto, a representação do céu na hora em que nascemos e da configuração de um padrão de energia que nos acompanhará durante a vida. Trata-se de “informações primordiais”, o destino é determinado pela posição dos planetas no céu quando do nascimento, conforme a necessidade de evolução de cada um. Digo, que um Mapa sugere um padrão de energia que nos condiciona, mas não determina a reação diante das situações que se apresentam na nossa vida. Não podemos mudar os acontecimentos, mas podemos mudar nossas atitudes em relação aos acontecimentos. Tanto criamos situações como atraímos, para que possamos vivenciar este padrão (que criamos ou que foi "determinado").
         A astrologia mostra que os padrões de energia estabelecidos no momento do nascimento continuam a operar dentro e através de nós ao longo da vida e vão se transformando, à medida que evoluí nossa “qualidade de ser”. Nos permite conhecer nossas limitações, mas, também, possibilidades de lutar para ultrapassar os obstáculos; nos mostra nossos defeitos, e, também, maneira de modificar-se, substituí-los em virtudes; aprendemos a aproveitar as oportunidades que surgem ao longo da existência; aprendemos principalmente, a aceitar – com dignidade – o que não podemos mudar,...e, por aí vai...Depende de cada um decidir o que fazer com estas energias e como direcioná-las.
         Embora, tenha um método demonstrativo “abstrato”, baseando-se somente na “observação e apreensão”, no “laboratório da existência”, da experiência pessoal e alheia, seja, do passado, no presente e para o futuro, seu valor esteja exatamente, em conseguir explicar – as vezes antecipadamente – as “repetições” à que se destina um sujeito, e, após conscientizado, compreendido e realizado, seguirem-se, os fatores e os processos que fazem a reintegração, entre o ciclo de evolução pessoal e o ciclo evolucionário universal, possibilitando de se alcançar um entendimento muito maior da vida na sua totalidade.
Mas, sua interpretação só pode acontecer dentro dos limites da experiência, conhecimento e sensibilidade do astrólogo ou da pessoa que o interpreta. Por outro lado, a prática da Astrologia, requer não somente um profundo estudos dos astros com todas as suas “vertentes”, mas, indispensável é o “grau intuitivo”, na capacidade de interpretação. E mais, acredito que ninguém pode interpretar melhor nosso Mapa do que nós mesmos. Por isso, criei um Grupo (http://br.groups.yahoo.com/group/astrologia_autoconhecimento) na net, onde interpreto basicamente os Mapas, dando o significado preciso de cada planeta, cada signo e cada aspecto e assim, acredito estar dando a oportunidade de cada um continuar sua própria interpretação. Mas é fundamental que estejamos abertos para aprender e entender a Astrologia, pois que o “Cosmos se comunica com todo aquele que for – verdadeiramente - receptivo”, até sermos capazes de o fazer.
É fácil – a qualquer um – perceber, que qualquer Religião, Seita, Ordem, Filosofia,.. possui uma “doutrina”, que em geral, visa a nos condicionar a “crenças”, quase sempre abstratas, que – dentre outras - nos servem, para aliviar, aquietar, situar dentro do mundo em que vivemos, nos dando condições de compreender – intuitivamente – melhor, a realidade da qual fazemos parte. Em maioria, idealizam a harmonia possível no mundo exterior (que sabe-se “incontrolável”) com o mundo interior. Pois bem, pode funcionar, “em alguma fase”. Mas, para “almas inquietas”, a “experiência do sagrado”, não segue a “via da Fé cega”. E, assim, saem em busca de “explicações” que respaldem as “próprias crenças”. E o “misticismo” costuma ser um possível atalho, porém, se defrontado com um Sistema de “Auto-Conhecimento”, como a Astrologia, que me repetindo, é um “Sistema absolutamente satisfatório”, quando bem interpretado e bem empregado, verão ampliadas às possibilidades do que denomino “Verdadeiro Encontro”.  Então, mais uma vez, deve-se esclarecer que a Astrologia não é uma religião, mas, um tipo de “Ferramenta”, necessário ao início do “Trabalho” em si mesmo.
Faltou dizer, que há “Astrólogos e Astrólogos”, digo, o primeiro seria o Amante e/ou profissional da Astrologia, confiável,...na medida em que fosse “Filosófico” (de “filosofia”, do grego, filo = amigo e sophia = sabedoria), conhecedor da máxima que diz que “não existe verdades fechadas”, existe “tendências, possibilidades...”, e, que em “seu amor pelo saber”, já tivesse confirmado, tanto em seus estudos livrescos, quanto em suas profundas observações da natureza humana, e, concluído a exatidão de uma “Lei Hermética tradicional” (4a – Lei da Polaridade): “...os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau,...”. Contudo, infelizmente, encontram-se – com certa facilidade – o segundo “arquétipo” de Astrólogo, sendo aqueles que usam seus estudos Astrológicos com a finalidade de satisfazer seus “diversos interesses egoístas”, seja, para manipular a própria vida e a alheia, como para outras funções que prefiro omitir aqui,...e, ainda pior, os que somente procedem à uma interpretação detalhada, para os que podem dispor de cerca de três salários mínimos, que, naturalmente, um simples indivíduo (assalariado), tendo que trabalhar três meses para ganhar, estaria excluído. Ou seja, o uso de um “Instrumento, sobretudo,  Espiritual”, apenas para os que possuem “recursos materiais”. E, sem falar, que, diante de tal postura, estes ditos “astrólogos”, não merecendo a “Inspiração do Gênio da Astrologia”, certamente, limitariam-se aos seus “truísmos” (considerações de tendências “verdadeiras”, boas ou ruins, porém, sem utilidade,...), ou ainda, afirmariam, categórica e anti-filosoficamente, “verdades”, embora, se “cínicos”, somente informariam o que julgassem adequado ao aumento da própria influência, ou exaltação da própria imagem, enfim, desculpem-me, para mim, “um lixo”. Portanto, há que se estar atento ao recorrer a qualquer pessoa que se diga “astrólogo, numerólogo, tarólogo, e, outros “ogos”.
A partir disso, arrisco-me a dizer que a Astrologia é um misto de “Ciência (enquanto “Verdade, essência, origem”)  e  Fé (Crença,...)”; Razão (Pensamento objetivo,...) e Fé (Intuição, Pensamento subjetivo,...); Filosofia (Fé consciente) e Religião (Fé cega); Física (Fato concreto) e Metafísica (Essência abstraída);...jamais como opostos, mas complementando-se, como instrumento equilibrado e equilibrante.
E, por tudo isso, pode-se afirmar, sem margem de erro, que a Astrologia é o meio – por excelência – que nos revela “os porquês” de nosso comportamento – dando significado ao – “anterior pseudo-conhecimento” - e das situações pelo qual passamos - dando significado inteligível das experiências; isto é, é um instrumento de conscientização de que temos um papel único no mundo, dentro de um ciclo evolutivo de experiências universais.
E acreditem, "Não sou astróloga", sobretudo, no sentido comum ao conceito, e, nem me instiga "vir-a-ser". Mas, confesso - há longo tempo - ser um dos "meus prediletos temas de sucessivos estudos".  Pretendo, se o "Senhor do Tempo" facilitar, ainda publicar um livro sobre o assunto.

Martha CibelliÒ