Algumas palavras...

"O Céu é um grande livro, aberto, pelo amor de Deus, à inteligência do homem." Dr. Serge Raynaud de La Ferriè

segunda-feira, 21 de março de 2011

Das Constelações

Aqui, além de conhecimento sobre as constelações zodiacais, saberão um pouco de Astronomia.




As constelações são grupos de estrelas que do ponto de vista de um observador na Terra parecem próximas, ainda que na realidade possam estar muito longe uma das outras. As estrelas que fazem parte dessa constelação não têm necessariamente que estar ligadas entre elas. Cada constelação é uma invenção humana, concebida para facilitar o reconhecimento do céu.


Por exemplo, quando é dito que o planeta Júpiter está numa determinada constelação, saberemos para onde olhar para ver o planeta.


Chamamos de signo as constelações zodiacais por onde o Sol transitava em 134 a.C., quando o grande astrônomo grego Hiparco, inspirado em um sistema de origem babilônica, dividiu essa região do céu em 12 partes iguais, de 30 graus cada.


Chamamos de constelação as constelações zodiacais por onde o Sol transita atualmente, de acordo com a União Astronômica Internacional.


O signo e a constelação de mesmo nome diferem, principalmente, devido à precessão dos equinócios que faz com que o eixo de rotação terrestre gire em um período de cerca de 26.000 anos.


Ao olharmos para o céu cheio de estrelas podemos imaginar figuras, e isso foi sendo feito ao longo do tempo por várias culturas. Cada cultura foi imaginando e criando constelações próprias, diferentes das constelações das outras culturas. Apenas no séc XX é que se decidiu criar uma lista oficial de constelações. Em 1922, a União Astronômica Internacional decidiu estabelecer 88 constelações que passaram a cobrir a totalidade do céu, e ainda hoje essa lista é utilizada internacionalmente.


Mas foi longo o caminho que conduziu até a atual lista oficial. Podemos falar do contributo de Cláudio Ptolomeu (83–161 d.C. aproximadamente), ao incluir 48 constelações na sua grande obra, Sintaxe, mais conhecida por Almagesto.

O Almagesto, de Ptolomeu.


Parte do catálogo de Ptolomeu foi baseado no de Hiparco, elaborado quatro séculos antes de Cristo. Foi Hiparco quem introduziu o conceito de grandeza, associado ao brilho (e não às dimensões) das estrelas.

Ele chamou as estrelas mais luminosas de "primeira grandeza", assim prosseguindo até as menos brilhantes, no limite da visibilidade humana, chamadas por Hiparco de estrelas de "sexta grandeza".

Este astrônomo não inventou nenhuma destas constelações, mas ao incluí-las na sua obra deu um grande contributo para a sua divulgação. Seguem-se os nomes latinos dessas 48 constelações e entre parêntesis o nome em português:

Andromeda (Andrômeda)
Aquarius (Aquário)
Aquila (Águia)
Ara (Altar)
Argo Navis (Navio)
Áries (Carneiro)
Auriga (Cocheiro)
Botes (Boieiro)
Câncer (Carangueijo)
Canis Major (Cão Maior)
Canis Minor (Cão Menor)
Capricornus (Capricórnio)
Cassiopeia (Cassiopeia)
Centaurus (Centauro)
Cepheus (Cefeu)
Cetus (Baleia)
Corona Australis (Coroa Austral)
Corona Borealis (Coroa Boreal)
Corvus (Corvo)
Crater (Taça)
Cygnus (Cisne)
Delphinus (Delfim (Golfinho))
Draco (Dragão)
Equuleus (Potro)
Eridanus (Erídano)
Gemini (Gêmeos)
Hercules (Hércules)
Hydra (Hidra)
Leo (Leão)
Lepus (Lebre)
Libra (Balança)
Lupus (Lobo)
Lyra (Lira)
Ophiuchus (Ofiúco)
Orion (Orionte)
Pegasus (Pégaso)
Perseus (Perseu)
Pisces (Peixes)
Piscis Austrinus (Peixe Austral)
Sagitta (Seta)
Sagitarius (Sagitário)
Scorpius (Escorpião)
Serpens (Serpente)
Taurus (Touro)
Triangulum (Triângulo)
Ursa Major (Ursa Maior)
Ursa Minor (Ursa Menor)
Virgo (Virgem)


Por volta de 1551, o cartógrafo holandês Gerardus Mercator (1512-1594) introduziu a constelação de Coma Berenices (Cabeleira de Berenice). Esta constelação passou a ser muito mais conhecida depois de ter aparecido no catálogo de estrelas do astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, em 1602.

Entre 1596 e 1603, mais 12 constelações foram introduzidas por dois navegadores holandeses, Pieter Dirkszoon Keyser e Frederick de Houtman. Estas constelações só se tornaram célebres depois de aparecerem no atlas de estrelas Uranometria do astrônomo e advogado alemão Johann Bayer, em 1603. Os nomes destas constelações são: Apus (Ave do Paraíso), Chamaeleon (Camaleão), Dorado (Dourado), Grus (Grou), Hydrus (Hidra Macho), Indus (Índio), Musca (Mosca), Pavo (Pavão), Phoenix (Fénix), Triangulum Australe (Triângulo Austral), Tucana (Tucano) e Volans (Peixe Voador).

O teólogo e cartógrafo holandês Petrus Plancius (1552-1622) introduziu 3 constelações: Camelopardalis (Girafa), Columba (Pomba) e Monoceros (Unicórnio).

Não se conhece quem introduziu a constelação Crux (Cruzeiro do Sul), porém a primeira referência a esta constelação surge num documento escrito pelo físico Mestre João, da comitiva de Pedro Álvares Cabral, para D. Manuel I, rei de Portugal, em Abril de 1500.

O astrônomo polaco Johannes Hevelius (1611-1687), introduziu 7 constelações: Canes Venaciti (Cães de Caça), Lacerta (Lagarto), Leo Minor (Leão Menor), Lynx (Lince), Scutum (Escudo), Sextans (Sextante) e Vulpecula (Raposa).

Em 1754, o astrónomo francês Nicolas Louis de Lacaille, introduziu 14 constelações: Antlia (Máquina Pneumática), Caelum (Cinzel (ou Buril)), Circinus (Compasso), Fornax (Fornalha), Horologium (Relógio), Mensa (Mesa), Microscopium (Microscópio), Norma (Régua), Octans (Octante), Pictor (Pintor), Pyxis (Bússola), Reticulum (Retículo), Sculptor (Escultor) e Telescopium (Telescópio).

Para além destas 14 constelações, este astrônomo dividiu a antiga constelação Argo Navis (Navio) em 3 outras constelações: Carina (Quilha), Puppis (Popa) e Vela (Vela), acrescentando ainda a já mencionada Pyxis (Bússola).

Durante alguns séculos, principalmente nos séculos XVII e XVIII, os mapas do céu eram desenhados com figuras muito trabalhadas e pormenorizadas. Estas preocupações estéticas muitas vezes impediam uma clara leitura dos mapas dificultando a identificação das constelações no céu.

Em 1851 apareceu um mapa do céu feito pelo astrônomo e cosmógrafo francês Charles Dien (1809-1870), onde as estrelas mais brilhantes de cada constelação estavam ligadas por traços, substituindo as figuras e tornando a leitura do mapa mais clara. Essa forma de apresentar as constelações subsiste até hoje, ainda que os mapas atuais possam ter traços ligando de forma diferente as estrelas que compõem as constelações. Não existe uma uniformização nesse aspecto e até existem muitos mapas que prescindem totalmente desses traços.

Hemisfério Boreal



Hemisfério Austral





História das constelações ocidentais

O Círculo dos Animais

Por José Roberto V. Costa


Praticamente todos os povos da Terra deram nomes e inventaram histórias sobre as estrelas. Às vezes essas lendas falavam sobre grupos de estrelas que recordavam algo familiar. Pessoas de diferentes lugares, que viveram em diferentes épocas, muitas vezes escolhiam um mesmo grupo de estrelas para contar uma história, sua própria história.

Assim surgiram as constelações. Mais que um mero depositório de lendas, as figuras no céu ajudavam os povos antigos em suas atividades agrícolas e náuticas. As constelações mais antigas que se tem notícia foram criadas pelos babilônicos, povos que habitavam a Mesopotâmia, região entre os rios Tigre e Eufrates (hoje Iraque).

Havia dois sistemas, o zodiacal, relacionado à agricultura, e o equatorial, ligado à navegação. Para determinar o início das estações (e a melhor época do ano para o plantio e a colheita) eram utilizadas as constelações do sistema zodiacal.

ZODÍACO

A PALAVRA ZODÍACO VEM DO GREGO zodion, animal, e kyklos, círculo. Nos primeiros zodíacos havia apenas dez constelações: Touro, Gêmeos, Leão, Virgem, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário, Peixes e Áries. Depois foram introduzidos Câncer e Balança, fazendo o zodíaco ter um número de partes igual ao numero de meses do ano.

Os nomes das constelações eram associados à mitologia de cada civilização. Era um modo eficiente de transmitir as descrições do céu de geração em geração – mas também uma série de superstições usadas para explicar tudo àquilo que não se conseguia entender racionalmente.

Foi assim que surgiu a idolatria dos astros. A Lua, dona da noite, o Sol, senhor do dia, e até algumas estrelas que teimavam em surgir no céu no tempo das secas ou enchentes passaram a ser apontadas como causadores destas.

E se os astros mudavam o tempo também mudavam a vida do Homem. Assim a astrologia, que inicialmente visava prever o início das estações para fins agrícolas, ganhou status de poder divinatório.

Um método que procura associar a posição de certos astros com o destino e a conduta moral dos seres humanos. Despida de seu caráter metafísico, mais tarde ela daria origem a ciência Astronomia.

Para onde foi a era de Aquário?

 

A precessão dos equinócios é um dos três movimentos básicos da Terra (os outros dois são a rotação e a translação). Esse movimento é equivalente ao bamboleio de um pião. Enquanto gira em torno de seu próprio eixo a cada 24 horas nosso planeta faz mesmo, só que demora 26 mil ano para completar uma volta. A precessão dos equinócios antecipa (precede) o início da primavera (equinócio) e muda a data da entrada do Sol em cada signo. Quando os babilônios observavam o céu o equinócio da primavera (chamado ponto vernal) estava na constelação de Touro. Mas a partir do ano 2150 a.C ele foi para Áries. Hoje está em Peixes, e ali permanecerá até quase o ano 2600, quando então entrará em Aquário.



Signos

DO NOSSO PONTO DE VISTA, fixo na Terra, o Sol transita por um certo grupo de constelações ao longo de um ano (na verdade é a Terra quem muda sua posição em relação ao Sol).

Essa trajetória aparente do Sol é uma circunferência que chamamos eclíptica. A eclíptica atravessa não doze, mas treze constelações. Portanto, existem treze signos. (Esta é uma visão deste Astrólogo, e não minha)

Originalmente, um signo é a constelação ocupada pelo Sol numa certa época do ano. Se você nasceu quando o Sol estava em Câncer, o signo correspondente é Câncer. Mas o céu astrológico não corresponde ao céu real. Cada signo ocupa exatos 30 graus ao longo da eclíptica (pois 30 vezes 12 é 360, uma volta completa).

Porém, as constelações não têm o mesmo tamanho. Por isso os períodos em que o Sol permanece em cada uma não são iguais. Pelo contrário, variam bastante conforme mostra o quadro abaixo. O céu astrológico também ignora a precessão dos equinócios – veja o quadro Para onde foi a Era de Aquário?

Constelação
Entrada
Saída
Total de dias
01. Sagitário
18 de dezembro
18 de janeiro
32
02. Capricórnio
19 de janeiro
15 de fevereiro
28
03. Aquário
16 de fevereiro
11 de março
24
04. Peixes
12 de março
18 de abril
38
05. Áries
19 de abril
13 de maio
25
06. Touro
14 de maio
19 de junho
37
07. Gêmeos
20 de junho
20 de julho
31
08. Câncer
21 de julho
9 de agosto
20
09. Leão
10 de agosto
15 de setembro
37
10. Virgem
16 de setembro
30 de outubro
45
11. Libra
31 de outubro
22 de novembro
23
12. Escorpião
23 de novembro
29 de novembro
7
13. Ofiúco
30 de novembro
17 de dezembro
18
Atenção: as datas podem variar ligeiramente de um ano para outro.

Dentro da FAIXA ZODIACAL, podemos ver não doze ou treze, mas VINTE E QUATRO constelações diferentes. (Vejam porque não concordo com ele. Para mim os signos do zodíaco continuam sendo 12, como os meses do ano)

O zodíaco na verdade representa uma faixa que se estende por oito graus acima e abaixo da eclíptica. A eclíptica, conforme já mencionado, é a trajetória aparente que o Sol faz no céu durante um ano, contra o fundo de estrelas distantes.

O zodíaco é uma faixa centrada na eclíptica onde a maior parte dos planetas do Sistema Solar podem ser observados ao longo de um ano. Todo o céu está dividido em 88 constelações. E dentro da faixa zodiacal podemos ver não doze ou treze, mas nada menos que vinte e quatro constelações diferentes.

As constelações mais antigas surgiram entre os povos da Mesopotâmia, há quatro mil anos. Tudo indica que eram utilizadas como orientação nas atividades agrícolas e náuticas.

Pertence a Claudio Ptolomeu (127-145 d.C.) um dos mais importantes catálogos estelares, o Almagesto, uma fabulosa obra composta por 13 volumes e onde estão relacionadas 1022 estrelas de 48 constelações, sendo 12 zodiacais, 21 ao Norte e 15 ao Sul, inclusive as quatro estrelas principais do Cruzeiro do Sul, na época pertencentes à constelação do Centauro.

Já vimos lá em cima as 48 Constelações.

Das Magnitudes e novas constelações

Ptolomeu adotava o mesmo sistema, usando o termo magnitude em vez de grandeza. Bem mais tarde, no século XIX, descobriu-se que os sentidos humanos respondem aos estímulos de modo não linear.

No caso do brilho das estrelas, isto significa que para se ter a mesma sensação provocada pelo brilho de uma estrela de primeira grandeza seriam necessárias 2,5 estrelas de segunda grandeza ou 2,5 × 2,5 = 2,5² estrelas de terceira grandeza ou ainda 2,5³ estrelas de quarta e assim por diante. Esta é a semente do conceito moderno de magnitude.

A época das Grandes Navegações deu início a um conhecimento mais amplo das partes do céu ao Sul, onde viviam os povos que criaram as constelações mais antigas.

O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601) catalogou Cabeleira de Berenice, uma constelação citada por Eratóstenes, no século III a.C. Um ano depois, o astrônomo holandês Johannes Bayer (1572-1625) relacionou 60 constelações, incluindo as circumpolares Sul, em sua obra Uranometria.

Bayer ainda estabeleceu que as estrelas de cada constelação seriam designadas por letras do alfabeto grego: Alfa (a) para a mais brilhante, Beta (b) para a segunda mais brilhante e assim por diante. Nem sempre esse conceito se aplica.

As 12 constelações acrescentadas por Bayer em Uranometria
Ave-do-paraíso
Camaleão
Dourado
Grou
Mosca
Triângulo Austral
Hidra Macho
Pavão
Fênix
Índio
Tucano
Peixe Voador

A Contribuição de Tycho Brahe
Cabeleira de Berenice

Mais tarde, em 1690, o astrônomo amador Johannes Höwelcke (1611-1687), conhecido pelo nome latino Hevelius, nomeou mais nove constelações na obra Sete Cartas Celestes.

Em 1697 o arquiteto do rei Luís XV, Augustin Royer, desmembrou a Crux Australis da constelação do Centauro e a partir daí surgiu nas cartas celestes, oficialmente, a constelação do Cruzeiro do Sul. Bartschius, em 1624, nomeou a constelação da Pomba.

As 09 constelações relacionadas por Hevelius em Sete Cartas Celestes
Girafa
Cães de caça
Lagarto
Leão Menor
Lince
Unicórnio
Escudo
Sextante
Raposa

As 02 Constelações acrescentadas por Royer e Bartschius
Cruzeiro do Sul
Pomba


Das Constelações modernas

Antes de Lacaille, Argos era a maior
constelação do firmamento.



Quem mais influiu na criação de novas constelações foi, sem dúvida, o abade francês Nicolas-Louis Lacaille (1713-1762).



Em 1751 ele viajou até o Cabo da Boa Esperança, no sul da África, onde permaneceu por alguns anos para estudar o firmamento austral.



Como resultado, introduziu 14 novas constelações, homenageando as ciências e algumas obras do gênio humano.



Lacaille também dividiu Argos, o navio, em quatro constelações menores, pois seu tamanho a tornava pouco útil como referência.



Fixavam-se assim, as 88 constelações conhecidas pela cultura ocidental.



As 14 constelações descritas por Lacaille em Memórias e Céu Estrelado
Máquina pneumática
Buril
Compasso
Forno
Relógio
Mesa
Microscópio
Esquadro
Oitante
Pintor
Bússola
Retículo
Escultor
Telescópio


                       


A Divisão da Constelação de Argus*
Quilha
Popa
Vela
                     *Excluindo Bússola



O modo como “juntamos os pontos” e enxergamos uma imagem familiar no céu varia muito para cada civilização, para cada cultura. Assim, é natural que hoje não consigamos compreender certos desenhos representados nas constelações. Grande parte delas remonta a mais de quatro mil; legadas pelos gregos em sua rica mitologia.


Na constelação do Touro, por exemplo, há um aglomerado estelar que recebeu uma denominação especial: para os gregos eram as Plêiades, ou Atlântidas, as sete filhas de Atlas e Plêione, transformadas em pombas por Júpiter, que as colocou no céu.



Para algumas tribos indígenas no Brasil eram simplesmente um enxame de abelhas – e para outras uma bela índia de nome Ceiui.



Outro asterismo muito significativo fica na constelação da Ursa Maior. The Big dipper (a Grande Concha), era conhecida como La Casserole (a caçarola) pelos franceses, mas na Inglaterra Medieval era um arado de madeira e para os habitantes do Norte da Europa, uma carruagem medieval (veja a figura abaixo).


Uma mesma constelação pode ter interpretações distintas.
Aqui a Grande Concha na visão de diferentes povos do Norte.


Das Constelações que ninguém queria

O PROCESSO QUE RESULTOU NAS CONSTELAÇÕES ATUAIS levou séculos e muitas propostas nunca foram aceitas ou simplesmente caíram no desuso. Certa vez, o astrônomo inglês Edmond Halley (1656-1742) tentou bajular seu soberano, o rei Jorge II, nomeando uma constelação como o Roble de Jorge.

Felizmente não deu certo. Mais tarde, outro conterrâneo de Halley, William Herschel, tentou fazer o mesmo ao descobrir o sétimo planeta. Para Herschel, Urano também deveria se chamar Jorge.

No século XVII, Augustin Royer chamou a constelação do Lagarto de Cetro e Mão da Justiça. Sua idéia ficou apenas em alguns registros da época. Em 1787, o alemão Johann Bode decidiu que o Lagarto deveria se chamar Glória de Frederico, em homenagem a Frederico II da Prússia. Mas entre Andrômeda e Cisne brilha até hoje a constelação do Lagarto.


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O Cruzeiro do Sul hoje e no futuro distante.


Das Constelações do futuro

AS CONSTELAÇÕES SÃO MERAMENTE UM EFEITO ILUSÓRIO. Na verdade as estrelas estão a diferentes distâncias e teriam sua "forma" completamente modificada se vistas por um observador longe da Terra.

Outro aspecto relevante, é que as estrelas não estão fixas em suas posições. Cada estrela possui um movimento próprio, inclusive o Sol. O efeito combinado só é visível com o passar do tempo. Muito tempo.

Abaixo à esquerda, as distâncias reais das estrelas do Cruzeiro do Sul com respeito ao Sol. À direita, o aspecto atual dessa constelação e como ela será daqui a dez mil anos.

A estrela alfa (Acrux) está a 370 anos-luz do Sol;
beta (Mimosa) a 490; delta (Magalhães) a 570;
gama (Gacrux) a 220 e epsilon (Intrometida)
a 60 anos-luz do Sol.



Ao contemplar uma noite estrelada nossos olhos vagueiam diante de abismos imensos, profundidades colossais que simplesmente ignoramos. Para nós, as estrelas são pequenas luzes de brilhos diferentes ou, como pensavam os antigos hebreus, orifícios de tamanhos variados por onde se vislumbra uma luz celestial.



Longe de ser uma concepção tola, ela advém da observação visual – mas felizmente não dispomos apenas dos olhos para investigar a natureza.







Nossos olhos foram projetados para fornecer uma visão tridimensional do mundo que nos rodeia. Mas não somos capazes de perceber a profundidade além de uma certa distância.



No firmamento, essa falta de percepção chega ao seu extremo e isso gera a falsa impressão de que a Lua, uma estrela ou uma nebulosa estão eqüidistantes de nós. Para os gregos, eles estavam todos numa imensa esfera que circundava a Terra: a esfera celeste (gravura abaixo).



O Equador terrestre se projeta na esfera,
dando origem ao Equador Celeste.



Junte os pontos





APESAR DE INCORRETO (e difícil de perceber na prática!), o conceito da esfera celeste revelou-se um excelente sistema de referência centrado na Terra, no observador humano.



Outra ação involuntária do ser humano é associar os grupos de estrelas mais brilhantes a figuras conhecidas, como num jogo de juntar os pontos. Esses desenhos imaginários são as constelações. Constelação, do latim constellatio, significa reunião de estrelas, um agrupamento arbitrário de estrelas que representa a silhueta de entes mitológicos, animais ou objetos.




A constelação da Baleia é uma das mais fáceis de reconhecer no firmamento

Criar constelações é um processo muito particular. Para os chineses, por exemplo, existem mais de duzentas delas, pois é costume local utilizar poucas estrelas para compor um desenho. A maioria dos nomes das constelações ocidentais é de origem grega e a elas estão associadas belíssimas histórias daquela rica mitologia.

Hoje, imersos nas luzes artificiais das cidades e longe do poder criativo dos povos antigos, é difícil imaginar que Orion, por exemplo, seja a figura de um caçador. É sempre mais fácil associar figuras mais familiares, é o caso do Sagitário, que lembra mais um bule que um ser metade homem, metade cavalo.

Do Conceito moderno

PARA MINIMIZAR OS INEVITÁVEIS REARRANJOS ESTELARES e facilitar o estudo do céu, os astrônomos concordaram em fixar o número das constelações em 88, porém modificando o seu conceito.

Para a Astronomia moderna, constelação é simplesmente uma área da esfera celeste. Assim, tudo o que observamos no céu, seja a olho nu ou com poderosos telescópios, está sempre “dentro” de uma determinada constelação.

88 Constelações
Nome latino
Nome em Português
Abrev.
Estrela mais brilhante
Área
Região
Ara
Altar
Ara
Alpha Arae
237
Austral
Andromeda
Andrômeda
And
Alpheratz
722
Boreal
Aquarius
Aquário
Aqr
Sadal Melik
980
Zodiacal
Apus
Ave do Paraíso
Aps
Alpha Apodis
206
Circumpolar Sul
Aquila
Águia
Aql
Altair
652
Equatorial
Libra
Balança
Lib
Zubenelgenubi
538
Zodiacal
Cetus
Baleia
Cet
Menkar
1231
Equatorial
Bootes
Boieiro
Boo
Arcturus
907
Equatorial
Caelum
Buril (do Escultor)
Cae
Alpha Caeli
125
Austral
Pyxis
Bússola
Pyx
Alpha Pyxids
221
Austral
Coma Berenices
Cabeleira de Berenice
Com
Diadema
386
Austral
Chamaeleon
Camaleão
Cha
Alpha Chamaeleontis
132
Circumpolar Sul
Capricornus
Capricórmio
Cap
Algedi (Al Giedi)
414
Zodiacal
Cancer
Caranguejo (Câncer)
Cnc
Acubens
506
Zodiacal
Carina
Carena (ou Quilha)
Car
Canopus
494
Austral
Aries
Carneiro (ou Áries)
Ari
Hamal
441
Zodiacal
Cassiopea
Cassiopéia
Cas
Schedar
598
Boreal
Equuleus
Cavalo Menor
Equ
Kitalpha
72
Equatorial
Canis Venatici
Cães de Caça
CVn
Cor Caroli
465
Boreal
Canis Maior
Cão Maior
Cma
Sirius
380
Equatorial
Canis Minor
Cão Menor
Cmi
Procyon
183
Equatorial
Cepheus
Cefeu
Cep
Alderamin
588
Circumpolar Norte
Centaurus
Centauro
Cen
Toliman
1060
Austral
Cygnus
Cisne
Cyg
Deneb
804
Boreal
Auriga
Cocheiro
Aur
Capella
657
Boreal
Circinus
Compasso
Cir
Alpha Circini
93
Austral
Corona Australis
Coroa Austral
CrA
Alpha Coronae Austral
128
Austral
Corona Borealis
Coroa Boreal
CrB
Alphecca, Gemma
179
Boreal
Corvus
Corvo
Crv
Alchiba
184
Equatorial
Crux
Cruzeiro do Sul
Cru
Acrux
68
Austral
Delphinus
Delfim
Del
Sualocin
189
Equatorial
Dorado
Dourado
Dor
Alpha Doradus
179
Austral
Draco
Dragão
Dra
Thuban
1083
Circumpolar Norte
Eridanus
Eridano
Eri
Achernar
1138
Equatorial
Scorpius
Escorpião
Sco
Antares
897
Zodiacal
Scutum
Escudo (de Sobieske)
Sct
Alpha Scuti
109
Equatorial
Sculptor
Escultor
Scl
Alpha Sculptoris
475
Austral
Norma
Esquadro (ou régua)
Nor
Gamma2 Normae
165
Austral
Phoenix
Fênix
Phe
Ankaa
469
Austral
Sagitta
Flecha
Sge
Alpha Sagittae
80
Equatorial
Fornax
Forno (Químico)
For
Alpha Fornacis
398
Austral
Gemini
Gêmeos
Gem
Castor
514
Zodiacal
Camelopardus
Girafa
Cam
Alpha Camelopardus
757
Circumpolar Norte
Grus
Grou
Gru
Al Nair
366
Austral
Hercules
Hércules
Her
Rasalgethi
1225
Boreal
Hydra
Hidra
Hyd
Alphard
1303
Equatorial
Hydrus
Hidra Macho
Hyi
Alpha Hydri
243
Circumpolar Sul
Indus
Índio
Ind
Alpha Indi
294
Austral
Lacerta
Lagarto
Lac
Alpha Lacertae
201
Boreal
Leo
Leão
Leo
Regulus
947
Zodiacal
Leo Minor
Leão Menor
Lmi
46 Lmi
232
Boreal
Lepus
Lebre
Lep
Arneb
290
Equatorial
Lynx
Lince
Lyn
Alpha Lyncis
545
Boreal
Lyra
Lira
Lyr
Vega
286
Boreal
Lupus
Lobo
Lup
Alpha Lupi
334
Austral
Antlia
Máquina Pneumática
Ant
Alpha Antiliae
239
Austral
Mensa
Mesa (Monte)
Men
Alpha Mensae
153
Circumpolar Sul
Microscopium
Microscópio
Mic
Alpha Microscoppi
210
Austral
Musca
Mosca
Mus
Alpha Muscae
138
Austral
Octans
Oitante
Oct
nu Octantis
291
Circumpolar Sul
Orion
Órion
Ori
Betelgeuse
594
Equatorial
Pavo
Pavão
Pav
Peacock
378
Austral
Piscis Austrinus
Peixe Austral
PsA
Fomalhaut
245
Austral
Volans
Peixe Voador
Vol
Alpha Volantis
141
Austral
Pisces
Peixes
Psc
Alrescha
889
Zodiacal
Perseus
Perseu
Per
Mirfak
615
Boreal
Pegasus
Pégaso
Peg
Markab
1121
Equatorial
Pictor
Pintor
Pic
Alpha Pictoris
247
Austral
Columba
Pomba (de Noé)
Col
Phaet
270
Austral
Puppis
Popa (do navio Argus)
Pup
Naos
673
Austral
Vulpecula
Raposa
Vul
Alpha Vulpeculae
268
Equatorial
Horologium
Relógio
Hor
Alpha Horologii
249
Austral
Reticulum
Retículo
Ret
Alpha Reticuli
114
Austral
Sagittarius
Sagitário
Sgr
Rukbat
867
Zodiacal
Ophiuchus
Serpentário (Ofiúco)
Oph
Ras Alhague
948
Equatorial
Serpens
Serpente (cabeça e Cauda)
Ser
Unukalhai
636
Equatorial
Sextans
Sextante
Sex
Alpha Sextantis
314
Equatorial
Crater
Taça
Crt
Alkes
282
Equatorial
Telescopium
Telescópio
Tel
Alpha Telescopii
252
Austral
Taurus
Touro
Tau
Aldebaran
797
Zodiacal
Triangulum
Triângulo
Tri
Rasalmothallah
132
Boreal
Triangulum Australe
Triângulo Austral
TrA
Atria
110
Austral
Tucana
Tucano
Tuc
Alpha Tucanae
295
Austral
Monoceros
Unicórnio
Mon
Alpha Monocerotis
482
Equatorial
Ursa Maior
Ursa Maior
Uma
Dubhe
128
Boreal
Ursa Minor
Ursa Menor
Umi
Polaris
256
Circumpolar Norte
Vela
Vela
Vel
Suhail al Muhlif
500
Austral
Virgo
Virgem
Vir
Spica
1294
Zodiacal



Vejamos as Constelações Zodiacais:

  

ÁRIES

Signo: de 21 de março a 20 de abril.
Constelação: 18 de abril a 12 de maio.




Em 134 a.C., inspirado em um sistema de origem babilônica, o grande astrônomo grego Hiparco dividiu as constelações zodiacais em 12 partes iguais, de 30 graus cada.

Foram os babilônios que adotaram o signo de Áries para marcar o início do ano pois de 1823 a.C. a 54 a.C., o Sol se encontrava nessa constelação, no equinócio da primavera. Por esse motivo os signos astrológicos têm sua origem em Áries.

A constelação representa apenas a cabeça e os chifres do carneiro, visto de frente.

Suas principais estrelas são:

Hamal (Alpha Arietis), significa Carneiro, em árabe. Localiza-se no chifre direito do Carneiro.

Sheratan (Beta Arietis), os dois signos, também em árabe, designava o conjunto de estrelas, formado por Sheratan e Mesarthim. Fica no chifre esquerdo.

Mesarthim (Gamma Arietis), o ministro, em Hebreu. Localiza-se na orelha esquerda do Carneiro.


TOURO
Signo: 21 de abril a 20 de maio.
Constelação: 13 de maio a 20 de junho.


É mais antiga de todas as constelações e talvez a primeira a ser delimitada pelos babilônios, que a utilizaram para marcar o início do ano, pois o equinócio da primavera, de 4.455 a.C. a 1.823 a.C., localizava-se nela.

A constelação representa somente as partes dianteiras do corpo do Touro.

Os belos aglomerados estelares das Plêiades e das Híades fazem parte dessa constelação.

O ano começava com o nascer helíaco das Plêiades na primavera.

O nascer helíaco da Híades, era associado à estação da chuva - donde a origem do seu nome, que significa "chover". As estrelas das Híades, distribuídas em forma da letra V, representam o nariz do Touro.

O nome árabe de suas principais estrelas são:

Aldebaran (Alpha tauri), significa "Aquele que vem depois da Estrela da Água", isto é, das Plêiades. Localiza-se no olho direito do Touro.

Alnath (Beta tauri), a viagem (feita pelo Touro). Fica na ponta do chifre esquerdo.

Ain (epsilon tauri), o olho. Representa o olho esquerdo do Touro.


GÊMEOS
Signo: 21 de maio a 20 de junho.
Constelação: 21 de junho a 19 de julho.


Atualmente, o Sol se encontra em Gêmeos no início do verão no Hemisfério Norte e início do inverno no Hemisfério Sul.

A constelação representa dois irmãos gêmeos.

A origem desta constelação prende-se à coincidência de estar o sol nesta região do céu no período posterior às inundações do Nilo, precedendo à época da germinação e anunciando a fecundidade. Antes era representada por dois brotos de plantas.

O nome latino de suas principais estrelas são:

Castor (Alpha geminorum), um dos filhos gêmeos de Leda, esposa de Tíndaros, rei de Esparta, é a estrela mais brilhante desta constelação, localiza-se na sua cabeça.

Pollux (Beta geminorum), irmão gêmeo de Castor, também localiza-se na cabeça.

CÂNCER
Signo: 21 de junho a 21 de julho.
Constelação: 20 de julho a 09 de agosto.


Para os habitantes do Hemisfério Norte, quando o Sol se encontrava em Áries no equinócio da primavera, ele se encontrava em Câncer no solstício de verão. Daí a denominação dada pelos geógrafos de Trópico de Câncer à linha que passa a 23,5o ao norte do Equador.

Alguns autores associam essa constelação com o movimento do Sol no solstício de verão, isto é, com o modo de andar do Caranguejo (ida e volta).

Os nomes árabes de suas estrelas mais brilhantes são:

Acubens (Alpha Cancri), as Garras do Caranguejo. Fica na garra esquerda do caranguejo.

Altarf (Beta Cancri), o Fim. Indica a extremidade do pé esquerdo do Caranguejo.


LEÃO
Signo: 22 de julho a 22 de agosto.
Constelação: 10 de agosto a 15 de setembro.


Umas das primeiras constelações conhecidas dos Babilônios que associavam o Leão ao Sol que se encontrava neste signo no solstício do verão, na época em que ela foi instituída.

Suas estrelas principais são:

Regulus (Alpha leonis), O Pequeno Rei, do latim. Localiza-se no peito do leão.

Denebola (Beta leonis), A Cauda do Leão, nome árabe para designar esta estrela que localiza-se no fim da cauda do leão.

Algieba (Gamma leonis), A Testa do Leão. Nome de origem árabe para designar esta estrela apesar de ela se situar no ombro do leão.

Zosma (Delta leonis), A Cintura. Denominação grega para designar o início da cauda do leão.

VIRGEM
Signo: 23 de agosto a 22 de setembro;
Constelação: 16 de setembro a 30 de outubro;

O ponto balança ou ponto omega é uma das interseções, no céu, do plano do Equador Celeste com o plano da órbita aparente do Sol em torno da Terra (plano da eclíptica). No dia em que o Sol se encontra nesse ponto, perto de 23 de setembro, vindo do Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul, inicia o outono no Hemisfério Norte e a primavera no Hemisfério Sul.

Atualmente, ele se encontra na constelação da Virgem, perto de seu ombro esquerdo.
No vale do Eufrates, a constelação da Virgem simbolizava a Deusa Istar, filha do céu e rainha das estrelas. Representada com uma espiga na mão, constituía o símbolo da fertilidade.

As suas principais estrelas são:

Spica (Alpha virginis), espiga. Nome latino. Ela fica no joelho esquerdo da Virgem.

Zavijava (Beta virginis) Fica no ombro esquerdo.

Porrima (Gamma virginis), nome latino da Deusa da profecia. Representa o lado esquerdo da cintura da Virgem.

Vindemiatrix (epsilon virginis), a Vindimadora. Nome de origem latina.

Heze (zeta virginis) Joelho direito da Virgem.


LIBRA
Signo: 23 de setembro a 22 de outubro.
Constelação: 31 de outubro a 22 de novembro.


Segundo alguns autores, a origem da constelação do Escorpião deve associar-se às secas e às pragas que assolavam o Egito quando o Sol se encontrava naquela região do céu.

Desde a mais remota antigüidade, esta região do céu foi representada pelos gregos, latinos, árabes e persas pela figura de um escorpião. O equinócio do outono, em 3000 a.C., localizava-se nessa constelação, quando este asterismo foi constituído.

Suas estrelas principais são:

Antares (Alpha scorpii), a rival de Marte. Nome de origem latina que registra a rivalidade dos dois objetos mais avermelhados do céu. Na Pérsia, Antares era uma das quatro "Estrelas Reais", uma das guardiãs do céu e, naquela época, indicava o início do outono.

Ela representa o coração de Escorpião e, naturalmente, sabemos que essa alegoria é falsa pois os aracnídeos não possuem coração.

Dshubba (delta scorpii), a fronte. Nome Árabe que designa a fronte do Escorpião.

Shaula ( lambda scorpii), nome árabe que designa esta estrela situada na ponta da cauda do Escorpião.

Sargas (Teta Scorpii) Cavalo teimoso, nome de origem persa. Localiza-se no meio da cauda do Escorpião.


SAGITÁRIO
Signo: 22 de novembro a 21 de dezembro.
Constelação: de 17 de dezembro a 18 de janeiro.



Atualmente, o Sol se encontra nessa constelação quando começa o inverno no Hemisfério Norte e o verão no Hemisfério Sul.

No Egito essa constelação era representada como um Centauro alado, galopando para o ocidente e trazendo um longo chapéu, com um arco esticado, a fim de arremessar uma flecha no corpo de Escorpião.

Suas principais estrelas são:

Rukbat (Alpha sagittarii) O joelho do arqueiro, nome árabe. Fica perto da pata direita do cavalo.

Kaus Meridionalis (Delta sagittarii) Meio do arco, expressão árabe.

Kaus Borealis (Lambda sagittarii) Norte do arco. Fica na parte de cima do arco.

Kaus Australis (Epsilon sagittarii) Sul do Arco. Fica na parte de baixo do arco.

Nunki (Sigma sagittarii) Peito, nome árabe para localizar o peito do arqueiro.

Ascella (Zeta sagittarii) Axila, designação latina.

CAPRICÓRNIO
Signo: 22 de dezembro a 20 de janeiro;
Constelação: 19 de janeiro a 15 de fevereiro;




Para os habitantes do Hemisfério Norte, quando o Sol se encontrava em Áries no equinócio da primavera , ele se encontrava em Capricórnio no solstício de inverno. Daí a denominação dada pelos geógrafos de Trópico de Capricórnio à linha que passa a 23,5o ao sul do Equador.

O nome dessa constelação foi dado pelos caldeus e babilônios devido à associação com as cabras que desciam das montanhas com a chegada do inverno.

Suas principais estrelas são:

Al Giedi (Alpha Capricorni) A Cabra, nome árabe dessa constelação. Localiza-se no olho esquerdo da Cabra.

Dabih (Beta Capricorni) Carniceiro, expressão árabe. Localiza-se no início da boca da cabra.

Deneb Algied ( Delta Capricorni) A cauda da Cabra.

AQUÁRIO
Signo: 21 de janeiro à 19 de fevereiro;
Constelação: 16 de fevereiro a 11 de março;



Desde as mais remotas eras essa constelação foi associada à água, pois o Sol passava nessa região do céu durante as estações da chuva nos meses de Fevereiro. Na Babilônia ela representava a figura de um homem, o aguadeiro, a derramar água de um vaso sobre um pequeno peixe, o Peixe Austral. Representa um aguadeiro de costas.

Suas principais estrelas são:

Sadalmelik (Alpha Aquarii) O talismã do Rei, expressão árabe. Fica no ombro esquerdo.

Sadalsud (Beta Aquarii) Boa sorte, em árabe. Localiza-se no ombro direito.

Skat ( Delta Aquarii) Decisão, em árabe. Fica na perna esquerda.

Albali (Epsilon Aquarii) O Sorvedouro, designação árabe para a estrela situada na mão direita do aguadeiro.

PEIXES
Signo: 20 de fevereiro a 20 de março;
Constelação: 12 de março a 17 de abril.

O ponto vernal ou ponto gama é uma das interseções, no céu, do plano do Equador Celeste com o plano da órbita aparente do Sol em torno da Terra (plano da eclíptica). No dia em que o Sol se encontra nesse ponto, perto de 21 de março, vindo do Hemisfério Sul para o Hemisfério Norte, inicia a primavera no Hemisfério Norte e o outono no Hemisfério Sul.

Desde 64 a. C., o ponto vernal se encontra na Constelação de Peixes.

Os babilônios os assírios e os persas representavam por dois peixes as estrelas dessa região do céu. Para os egípcios a constelação registrava a aproximação da primavera e da estação da pesca.

Suas principais estrelas são:

Alrischa (Alpha Piscium). A medula espinhal, nome árabe. Representa o ponto de onde saem os dois peixes.

Gamma Piscium (Gamma piscium). Atualmente, o ponto vernal está perto dessa estrela. Representa a cabeça de um dos peixes.

Alpherg (Eta piscium), Representa o início da cauda do outro peixe.




http://www.on.br/ (Observatório Nacional)
http://www.sab-astro.org.br/ (Sociedade Astronômica Brasileira)
http://www.astro.110mb.com/index.html
http://oquintoelemento.com/site/?p=679
Fonte das imagens (Hemisférios Boreal – Austral): http://paginas.terra.com.br/lazer/zeca/pratica/planisferio.htm


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